quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rodrigues dos Santos, o “Dan Brown português”

Jornalista, escritor e professor português, José Rodrigues dos Santos é apresentador de telejornal RTP e professor de Ciências da Comunicação. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, tendo sido galardoado com prémios nacionais e internacionais.
Nasceu em Moçambique, em 1964. Licenciou-se, em 1987, em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e fez o doutoramento em Ciências da Comunicação apresentando uma tese que se debruça sobre uma reportagem de guerra.
Iniciou a sua carreira de jornalista em 1981 em Macau. Após terminar a sua licenciatura, em 1987, vai trabalhar em Inglaterra na BBC World Service, onde permaneceu até 1990. Após a sua saída da BBC, integra a equipa informativa da RTP, onde permanece até ainda. Foi director de informação por duas vezes na RTP. Entre 1993 e 2001 prestou serviços como colaborador permanente da CNN.
É professor auxiliar de ciências de comunicação na Faculdade de Ciências sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O escritor apresentou  em Lisboa o seu novo livro, intitulado ‘O último segredo’, afirmando que os textos do Novo Testamento, os mais importantes do cristianismo, incluem várias “fraudes”.
Aos jornalistas, o escritor declarou que muita desta informação está fechada em “ambiente académico”, que não é do conhecimento do grande público.
José Rodrigues dos Santos acredita ter apresentado “uma imagem diferente de quem era Jesus” com base nos textos da própria Bíblia.
“Nem um único autor do Novo Testamento conheceu Jesus pessoalmente”, disse, no lançamento da obra, perante mais de 500 pessoas, antes de acrescentar que os Evangelhos “são textos anónimos”.
No livro, o autor diz basear-se em “informações históricas genuínas” para apresentar uma obra em que procura “a verdadeira identidade de Jesus Cristo”, fruto de uma investigação que o levou, por exemplo, a Jerusalém.
O autor entende que “nenhum dos Evangelhos descreve a ressurreição”, afirmando que essa matéria “já é domínio da fé, não da história”.
Este é um tema que Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, desenvolve longamente na primeira parte do seu livro “Jesus de Nazaré” (2007), no qual, segundo o próprio, quis “fazer a tentativa de apresentar o Jesus dos Evangelhos como o Jesus real, como o Jesus histórico em sentido verdadeiro e próprio”.
Em resposta a uma questão da Agência ECCLESIA, José Rodrigues dos Santos admitiu não ter considerado esta obra do Papa na elaboração do seu novo livro por a considerar “apologética” e de um âmbito teológico, não histórico.
Ao longo das últimas décadas, várias correntes exegéticas acentuam a rutura entre o 'Jesus histórico' e o 'Cristo da fé', questão que tem dominado a pesquisa sobre esta figura, nas últimas décadas, criando itinerários contrastantes entre a releitura devocional e a demanda da 'verdadeira história'.

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