O Natal em Portugal
O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de
Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas
diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi
somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de
comemoração. Na Roma
Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o
início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a
oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12
dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis
Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes
(ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar
as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las
até 12 dias após o Natal.
Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de
grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
O presépio
também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário
do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os
pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco
de Assis, no século XIII. As músicas de Natal
também fazem parte desta linda festa.
O Natal é, sem dúvida, uma das
celebrações mais complexas do calendário português, no qual se observam
elementos de cultos solsticiais e dos mortos, cerimónias da liturgia cristã
comemorativas do nascimento de Jesus Cristo, entre outros.
Actualmente, devido a uma
crescente globalização, o Natal português começa a ser influenciado por outras
culturas, sobretudo através dos filmes americanos, um dos factos que comprova
este tendência é a substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos
presentes; os tradicionais
presépios, que representam o nascimento de Cristo (e que constituem
um dos motivos mais notórios da estatuária popular
portuguesa) têm agora de coexistir com a árvore de Natal,
de origem certamente germânica. Contudo, isto não quer dizer que as tradições
natalícias portuguesas desapareceram!
No dia 24
Dezembro, véspera de Natal, à noite, em certas partes do país (especialmente no
norte) tem lugar a ceia de Natal
(chamada de consoada), nesta serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial
(rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Ainda no dia 24, no final da ceia, há a missa do galo
à meia-noite, embora actualmente esta missa esteja a cair em desuso.
No próprio
dia 25, há um jantar melhorado com carnes diversas, em algumas zonas do país no
almoço do dia 25 é servida a tradicional roupa-velha, feita com os restos da
consoada do dia anterior.
Um costume já
quase esquecido é o de durante a ceia do dia 24 evocar-se os mortos, com o seu
lugar à mesa, fazendo-se uma duplicação da ceia para eles numa outra sala.
Em certas
zonas queima-se cepo do Natal, particular (nos lares), ou público (nos adros),
à volta do qual se cantam canções tradicionais portuguesas.
O Natal é uma
ocasião de ofertas e presentes cerimoniais: as consoadas.
As ofertas feitas, no Natal, aos familiares e amigos designam-se de presentes;
já as restantes, efectuadas muitas vezes como forma de agradecimento ou como
demonstração de respeito e consideração, recebem o nome de consoadas. Embora,
na prática, estas palavras sejam sinónimos, só que as consoadas referem-se
apenas aos presentes oferecidos no Natal.
Sem comentários:
Enviar um comentário