quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Novo Acordo Ortográfico


Novo Acordo ortográfico (1)

1.-Alfabeto


O alfabeto é agora formado por 26 letras

O "k", "w" e "y" não eram consideradas letras do nosso alfabeto.

Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios,

palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron,

byroniano


2.-
Trema
 Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes
próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente,
eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo,
lingüiça aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo,
linguiça.


3.-
Acentuação

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas:

assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia,
hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico

assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia,
hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico


Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento
continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

O acento no ditongo aberto "eu" continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

O hiato "oo" não é mais acentuado:
enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo

O hiato "ee" não é mais acentuado:
crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra
(substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera
(substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)


O acento diferencial ainda permanece no verbo "poder" (3ª pessoa
do Pretérito Perfeito do Indicativo - "pôde") e no verbo "pôr" para
diferenciar da preposição "por"

Não se acentua mais a letra "u" nas formas verbais rizotônicas, quando
precedido de "g" ou "q" e antes de "e" ou "i" (gue, que, gui, qui)
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique.


Não se acentua mais "i" e "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos
de ditongo:

baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume




Hífen
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou
falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por "r" ou
"s", sendo que essas devem ser dobradas:

ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas,
arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão,
contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento,
extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real,
semi-sintético, supra-renal, supra-sensível  são agora


antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas,
arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha,
extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal,
ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível


Em prefixos terminados por "r", permanece o hífen se a palavra
seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista,

hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional,
inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou
falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra
vogal

auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola,
auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação,
contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura,
intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista,
semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado,
semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado  são agora

autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada,
autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem,
extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino,
neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático,
semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado
.


Esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes
antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.


Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por
"h": anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.


Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou
falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista,
arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico

anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário,
anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas,
micro-ônibus, micro-orgânico


Esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo
termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem
hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal =
com hífen


Uma exceção é o prefixo "co". Mesmo se a outra palavra inicia-se
com a vogal "o", não utliza-se hífen.

Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de
composição:
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa,
pára-choque, pára-vento são agora

mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, párachoque, paravento



O uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm
elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica,
mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies
botânicas e zoológicas:

ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião,
conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor,
couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.


O uso do hífen permanece -


1.-Em palavras formadas por prefixos "ex", "vice", "soto"
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre

2.-Em palavras formadas por prefixos "circum" e "pan" + palavras
iniciadas em vogal, M ou N pan-americano, circum-navegação

3.-Em palavras formadas com prefixos "pré", "pró" e "pós" + palavras que
tem significado próprio:

pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação

4.-Em palavras formadas pelas palavras "além", "aquém", "recém", "sem"
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos,recém-casados, sem-número, sem-teto


Não existe mais hífen:

Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais,
verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais)

cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de
jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca
de etc.

Maria de Medeiros



Actriz, cantora e realizadora – multifacetada e multicultural, Maria de Medeiros nasceu em Lisboa, viveu a infância em Viena e há cerca de vinte anos está instalada em Paris. É, em todos os sentidos, uma verdadeira cidadã da Europa.
Maria de Medeiros: “Sim, na verdade sinto-me uma cidadã europeia e agradeço aos meus pais terem-me educado nessa perspectiva europeia. Vivendo na Áustria, na infância, quando voltávamos de férias a Portugal, muitas vezes fazíamos essa viagem de carro e desde pequena habituei-me a essa travessia de praticamente toda a Europa. Ir atravessando Itália, França, Espanha e Portugal, etc… ir mudando de língua e de cultura. A minha mãe sempre falou muito bem línguas e deixava-nos completamente surpreendidos porque passávamos a fronteira e ela mudava a língua automaticamente. Isso foi uma escola excelente. Realmente, cresci com essa ideia de que, no fundo, sou uma cidadã da Europa”. Ricardo Figueira, euronews: O que representa a Europa para si? MM: “Penso que a Europa representa uma ideia muito ambiciosa, um conceito muito idealista, que me apaixona por isso mesmo, por ser tão idealista e ambicioso – um conceito que é encontrar a unidade dentro da extrema diversidade, dentro de uma longa história comum, uma história muitas vezes de conflitos, mas que nos une e dentro de uma grande riqueza cultural, linguística e artística. Isso parece-me um projecto fantástico”. Maria de Medeiros começou no cinema aos 15 anos, com “Silvestre”, de João César Monteiro, mas foi o papel de Anais Nin no filme “Henry and June”, de Philip Kaufman, que a tornou conhecida do grande público internacional. Do outro lado das câmaras, fez várias curtas e longas-metragens, entre elas, “Capitães de Abril”, uma homenagem cinematográfica à Revolução dos Cravos. MM: “Fazer os “Capitães de Abril”, para mim, foi um projecto de vida. Foi muito longo, porque comecei a trabalhar nesse projecto quando tinha 21 anos. Dei-me conta de que tinha sido um privilégio enorme viver, na infância, a Revolução dos Cravos e uma verdadeira instalação de democracia. Digo verdadeira porque habituaram-nos, na televisão, a ouvir dizer que se instalam democracias atirando bombas para cima de países e destruindo populações civis e, de facto, não é assim que se instala uma democracia. Penso que Portugal ensinou ao Mundo, deu o exemplo, praticamente único no mundo, de como chegar a uma verdadeira democracia civil por via pacífica, por via humanista”. Ao cinema, Maria juntou também uma carreira musical. Depois de “A little more blue”, prepara agora um segundo álbum a solo. Participou também no disco e no espectáculo de tributo ao compositor italiano Nino Rota. EN: O cantor italiano Mauro Gioia, com quem trabalhou recentemente num disco e num espectáculo de homenagem ao compositor Nino Rota, descreveu-a como uma pessoa empenhada, algures entre o revolucionário e o infantil. Revê-se nesta descrição? MM: (risos) “Sim, porque acho que há um idealismo na ideia de revolução que não se deve perder. Tem a ver com a infância, no sentido em que continuamos com a esperança de melhorar as coisas e repensar o mundo.   Há uma energia na revolução. Aliás, na Revolução dos Cravos, uma coisa que me seduziu imediatamente foi o facto de ter sido levada a cabo por pessoas muito jovens, que tinham 29 ou 30 anos, que já tinham vivido coisas muito duras e muito importantes, mas ainda tinham essa energia, essa esperança, essa confiança no futuro que se tem na juventude. Nesse sentido, para mim, a revolução está ligada a uma certa ideia de juventude, de esperança”. EN: Como foram as suas experiências nos EUA, como actriz? MM: “Não cresci com o sonho americano. Nem me destinava a ser actriz, sequer. laro que adorava ver a Bette Davis e os filmes americanos, mas não cresci com esses ícones da cultura cinematográfica, nem sequer com o rock’n‘roll americano… sempre me achei muito mais europeia. Mas, claro, quando fui solicitada para fazer filmes americanos, fiquei muito contente e muito divertida. Mas foi isso que aconteceu. Partiu da europa. Eu estava na europa e todos os realizadores americanos com quem trabalhei vieram buscar-me à Europa. Nunca me instalei em Holywood nem nunca tentei fazer uma carreira lá. Eu sou urbana. Gosto de sentir a cidade, de poder ir ao teatro, ao cinema ou a um concerto. Gosto da vida urbana. Paris é uma cidade dura. É claro que quando sai o sol, como hoje, parece esplêndida, mas a verdade é que a vida quotidiana é dura. Mas para os artistas, durante todos estes anos, tem sido muito atractiva, porque há uma oferta cultural enorme e que eu espero que se mantenha, porque ajuda os artistas e a produção cultural, um pouco em todos os ramos. É uma coisa que está um pouco em perigo agora, mas é, no fundo, o que nos atraiu aqui .

Entrevista - Maria de Medeiros -


Existir (O Homen e o Universo)

      O colega Paco trouxe na terça-feira uma bonita canção de Citânia. Depois, navegando pela  net encontrei esta que subi ao blogue. Espero que gosteis dela


O Pequeno Príncipe e a raposa


Capítulo XXI
E foi então que apareceu a raposa :
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o príncipezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu ? Perguntou o príncipezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o príncipezinho.
Após uma reflexão, acrescentou :
- Que quer dizer « cativar »?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras ?
- Procuro os homens, disse o príncipezinho. Que quer dizer « cativar »?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo ! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas ?
- Não, disse o príncipezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer « cativar »?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa « criar laços... »
- Criar laços ?.
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o príncipezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...


O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupèry)


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lisboetas (Sergio Trefaut)


Cinema português em Cáceres

O  documentário Lisboetas,  foi apresentado nesta segunda-feira, dia 14 de novembro, pelo próprio realizador, Sérgio Tréfaut no auditório do CPR de Cáceres (Rua Gómez Becerra, 6), no âmbito do Festival EXTREMA’doc,que conta com o apoio do Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Cáceres. O documentário Lisboetas (1h 40’) arrecadou o galardão para Melhor Filme Português no IndieLisboa 2004 e competiu em vários festivais internacionais.
Em "Lisboetas", Sérgio Tréfaut filma a Lisboa estrangeira, clandestina, que todos os dias recebe milhares de imigrantes de países pobres em busca de trabalho, e procura dar voz aos casos reais de quem mal fala português, de quem é enganado por empreiteiros e patrões, de quem passa horas nas filas do SEF e se desorientado e atulhado na burocracia que a legalização exige. A câmara passeia mais por rostos do que por espaços, rostos assustados de quem chega a um país estranho. O contexto revela-se na sucessão das cenas: uma situação de trabalho, o telefonema para a família longínqua, o balcão das legalizações, a mercado negro do emprego, a venda ambulante de rosas, a aula de português, o apoio médico, os espaços de culto religioso, as danças nocturnas, as crianças...
  O que torna este filme tocante é a opção por mostrar situações em que as pessoas se encontram em circunstâncias de grande vulnerabilidade. As comunidades de ucranianos, russos , brasileiros, africanos e chineses que viram para Lisboa à procura de melhores condições de vida fazem parte do pano de fundo desta cidade. Os silêncios, a parcimónia com que a música é utilizada, os grandes e dolorosos planos das caras consegue dar uma dimensão humana...como esse indiano que deambula de mesa em mesa na Rua Augusta procurando vender uma flor. Depois, madrugada, passa o arco e refugia-se com outros imigrantes num banco de madeira podre virado para o Tejo, o rio e porto de descanso para os colonizados que sonham conquistar, a realidade nos enganosos estratagemas de empreiteiros que fogem aos contratos. No meio disto tudo, uma frase dita por uma Ucraniana ao telefone, tentando convencer um familiar a vir para também: "Em Portugal tudo é bom, excepto a educação." Ao final, a cena do parto com o nascimento de um novo lisboeta, abre uma porta à esperança.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pedra filosofal



Pedra Filosofal

Manuel Freire

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

domingo, 13 de novembro de 2011

Apresentação

Bem-vindos. Este blogue, criado pelos alunos de Português da Escola Oficial de Idiomas de Cáceres, Pretende ser uma janela de comunicação pela que possam entrar e sair sonhos, projetos, notícias... De todas as pessoas que queiram participar e colaborar.

Machado de Assis

Joaquim Machado de Assis


Machado de Assis (Joaquim Maria M. de A.), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
 Para mais informação clica:  http://www.machadodeassis.org.br/

A seguir um belo poema deste escritor brasileiro. Espero que gostem:

Quando ela fala

Quando ela fala, parece
Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece
Quando ela fala.

Meu coração dolorido
As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido
Quando ela fala.

Pudesse eu eternamente,
Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.

Minha alma, já semimorta,
Conseguira ao céu alçá-la
Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala.